Excerto de "Autarca com o Povo de que vim", de Filipe Antunes dos Santos: o relato breve "Sacanice de um director-geral", onde se constata como funciona a política centralista.
Excerto de "Autarca com o Povo de que vim", de Filipe Antunes dos Santos: o relato breve "Sacanice de um director-geral", onde se constata como funciona a política centralista.
Excerto de "Autarca com o Povo de que vim", de Filipe Antunes dos Santos: o relato breve "Sacanice de um director-geral", onde se constata como funciona a política centralista.
Pe aeN
como Povo de lg vinFicha Técnica
TITULO
AUTOR
CAPA
IMPRESSAO
EDICAO
DISTRIBUICAO
DEPOSITO LEGAL
ISBN
Autarca com 0 Povo de que vim
Filipe Antunes dos Santos
J2N
Tipografia Lousanense L.da
Do Autor — Rua Paulo Quintela, n.° 347, 3.° Esq.
3030-393 COIMBRA
Telef. 039 404312; 93.9417502
293660/09
978-972-96823-6-0
Reservados todos os direitos de acordo com a legislagao em vigor
OBRAS DO MESMO AUTOR:
TONS QUE TRAGO EM MIM (Poemas)
HOJE, AINDA E TARDE (Poemas)
EU PROFESSOR ME PENSO
EPICA SERRANA EM UM SO CANTO
MANHA DE TEMPO INCERTO
2004 DITADOS POPULARES EM TEMAS
NATAL EM CRISE - Poemas14. SACANICE DE UM DIRECTOR-GERAL
Falando dos Presidentes de Camara vizinhos de Alvaidzere, di-
ga-se que todos famos a todas, na altura em busca do Ensino Secun-
dario para os nossos jovens.
O presidente Simdes de Abreu achava que tinha direito a uma
Escola Secundaria por Figueiré dos Vinhos ser a “capital” do Norte do
Distrito; 0 presidente Julio Marques de Ansido também queria ter
direito e eu achava que Alvaidzere tinha mesmo direito.
Todos a corrermos para Lisboa sem que um soubesse dos ou-
tros, chegada a minha vez de ser chamado ao Ministério da Educagio
pelo Chefe de Gabinete do Senhor Ministro Vitor Crespo, aquele
grande Chefe dispensou-se de me receber, remetendo-me para o Direc-
tor-Geral do Ensino Secundirio e, através dele, tomar conhecimento da
decistio do Senhor Ministro. Mandaram-me esperar e ao fim de algum
tempo, eis que se abre a porta do gabinete e sai 0 presidente Simdes de
Abreu. Que olhar ele me deitou!
Entrei, disse ao que ia, o Senhor Director-Geral a querer fazer-
-me entender que, para definigao dos locais onde seria leccionado o
Ensino Secundario, estava a ser fcito um “Planeamento a Nivel Nacio-
nal”. Nao me deixei embalar e pedi licenga para o informar de que o
Senhor Chefe de Gabinete me tinha dito que 0 assunto de Alvaidzere
estava resolvido e que me dirigisse Aquela Direcgao-Geral. O Senhor
quis resistir e, perante a minha determinagao, tentou desarmar-me:
- Como é isso possivel, se 0 processo se mantém numa gaveta
da minha secretaria?
- Nao duvido, mas... saiba que 0 Senhor Ministro foi a Al-
vaidzere e, la, eu mesmo Ihe entreguei um processo igual ao que o Se-
nhor tem fechado na gaveta. Aquele Director-Geral fez siléncio com-
prometido, telefonou pelo intercomunicador para uma alta Funciondria
e... ouviu: «De facto, ha um despacho do Senhor Ministro a criar 0
Ensino Secundario em Alvaidzere».
Afinal, era mesmo verdade!
Nota pitoresca, porqué? Para mim, s6 porque, se nao fosse o
Ministro Crespo, 0 Senhor Director-Geral € que decidiria entre 0 pio-
de-Id e as bergas. Alids, segundo as palavras do proprio Director-Geral,
«jd uma vez disse ao Senhor Ministro que esta maneira de decidir
195criava problemas. Mas também é verdade que ele mesmo me disse: I:
para os resolver que 0 Ministro c4 esta!». Grande Ministro!
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O Comportamento Da Defesa Da Selecção de Espanha No Torneio de Andebol Nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 - Análise Sequencial No Método Organizado de Jogo de Andebol em Situação de 6x6